No Congresso, oito propostas tentam proibir união estável entre gays
A pesquisa foi realizada entre os anos de 1969 até novembro deste ano pelo Núcleo de Pesquisas de Gênero da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e apresentada durante a 2ª Conferência Nacional de Políticas Públicas e Direitos Humanos de LGBT, que aconteceu em Brasília.
Entre os projetos há alguns que pedem para que a relação entre homossexuais não seja considerada como entidade familiar, discurso defendido por integrantes das Frentes Parlamentares Católica, Evangélicas e Pró Família. Segundo a pesquisadora da Unicamp, Rosa Oliveira, o fundamentalismo religioso é o que tem barrado a maioria dessas propostas.
“Existe um paredão do fundamentalismo religioso no Congresso, que se sobressai ao estado laico”, afirmou que acredita que os parlamentares religiosos estão cercando e todos os lados e possuem a maioria no Legislativo.
De fato um dos representantes evangélicos, o deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) diz que o impasse no Congresso se dá sobre temas relacionados aos gays, pois as bancadas religiosas não aceitam reconhecer a união entre pessoas do mesmo sexo como família.
“É o grande ponto de discórdia. A gente respeita, mas o único problema é que não concordamos com o reconhecimento disso como família. A sociedade não concorda e não aceita. É uma minoria querendo impor à maioria a opção deles”, disse o parlamentar.
Os mesmos representantes também condenam o Projeto de Lei que criminaliza a homofobia, dizendo que tal proposta é desnecessária. “Não há necessidade de fazer projeto. A pena é a mesma se você agride um homossexual ou um heterossexual. Você agrediu um ser humano”, explica Cunha.
Em relação aos projetos para aceitar a adoção de crianças por um casal homossexual a bancada religiosa também é desfavorável, de acordo com Cunha essa seria uma forma de “substituir” a família que deve ser formada por pai e mãe.
Fonte: Gospel Prime
Com informações G1
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