Igreja é proibida de distribuir literatura anti-islâmica
A cidade de Norwich deixava a igreja usar o parque e nunca tiveram problemas, mas após a reclamação de cidadãos islâmicos ao Conselho da Cidade, espécie de câmera dos vereadores, seus privilégios foram revogados.
O pastor Alan Clifford disse que a igreja vai recorrer, na esperança que “o conselho recupere os sentidos e veja como estão violando nossa liberdade de expressão”. Clifford é o autor do folheto que gerou a discórdia. “Por que dizer não ao Islã” foi redigido por ele cerca de 10 anos atrás e sua igreja vem distribuindo cópias dele em Hay Hill desde 2008.
Clifford disse: “Nossa primeira reação foi de surpresa. Sentimos que esta é uma violação da liberdade de expressão e fui acusado de motivar o ódio na produção deste folheto. É uma intolerância da prefeitura agir dessa maneira… já tínhamos recebido a polícia de Norfolk que inspecionou o documento e disse que não há crime… Deus nos deu um cérebro para pensar. Não devemos seguir qualquer religião cegamente”.
Masoud Gadir, capelão muçulmano da Universidade de East Anglia e presidente da Associação Muçulmana de Norwich e Norfolk, disse: “Quando você olhar para o folheto verá que traz o ódio e falsas acusações sobre como é o Islã”.
A igreja recebeu a notificação do Conselho dia 5 de abril e está proibida de fazer qualquer trabalho nas proximidades de Hay Hill. A igreja tem usado o centro comunitário do local para fazer cultos desde 1994.
Um porta-voz do Conselho da Cidade disse: “Nós recebemos uma denúncia de um cidadão sobre o material publicado pela Igreja Reformada de Norwich, que utiliza instalações pertencentes ao município. E consideramos que incitava o ódio, por isso a proibição”.
O porta-voz acrescentou que a polícia informou que não havia crime, mesmo assim o Conselho tinha um “dever de promover as boas relações entre as pessoas de todas as origens e religiões”.
Traduzido e adaptado de BBC
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