Bispo esquece das promessas quebradas pela candidata-presidente e as diversas declarações cristãs de Marina Silva
Ferreira questiona Marina e diz que Dilma é a melhor escolha
Embora
seja missionária da Assembleia de Deus, Marina Silva (PSB) não conta
com o apoio de todos os segmentos dessa denominação. Diferentes líderes
evangélicos já declararam seu voto em Marina, ainda que alguns só o
farão no segundo turno.
Ao mesmo tempo, Dilma Rousseff angariou poucos aliados de peso entre os evangélicos. Com exceção de Edir Macedo, que tem no PRB seu braço político e faz parte da base de governo desde os tempos de Lula, apesar de não ter manifesto apoio à reeleição de Dilma este ano. Surgiu ainda um movimento espontâneo de apoio de evangélicos na internet, mas cujos resultados beiram o cômico.
Agora, o bispo Manoel Ferreira, da Assembleia de Deus Ministério Madureira, entrou de vez na campanha de Dilma. O canal oficial da presidente publicou um vídeo de dois minutos com uma fala contundente do bispo. O presidente vitalício da Convenção Nacional das Assembleias de Deus no Brasil inicia questionando se Marina realmente é evangélica, dizendo nunca tê-la visto declarar isso publicamente.
Em seguida, usa de ironia ao dizer “E se é, o programa dela contraria tremendamente”. Afirmou que Marina não foi uma boa ministra, mas que, mesmo assim, poderia escolhê-la para pastorear uma das igrejas da convenção que dirige. Uma declaração que lança dúvidas sobre os critérios para a escolha dos líderes dentro de sua denominação.
Para Ferreira, “as obras [de Dilma] falam mais que as palavras”. Em um rompante de lealdade, comparou a sucessão de obras inacabadas do governo (prometidas pelos PACs elaborados por Dilma) à criação do mundo relatada em Gênesis. Dizendo-se satisfeito com o governo atual, Ferreira posiciona-se claramente a favor da continuidade do PT no poder.
Ignora assim, todas as críticas que Dilma recebeu por ter traído as promessas feitas aos evangélicos durante a campanha de 2010. Na ocasião, ela afirmou que caso fosse eleita não iria abordar temas polêmicos como o casamento gay, a legalização do aborto, ou qualquer tipo de restrição à liberdade de culto.
Também destoa do coordenador político da CGADB, Lélis Marinho, que escreveu recentemente sobre eleições no jornal “Mensageiro da Paz”. O artigo tinha como objetivo orientar o voto dos fiéis e combater a reeleição da presidente Dilma Rousseff mostrando as “terríveis propostas” do PT que vão contra a crença dos evangélicos.
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