Autoridades
turcas selaram uma igreja protestante no sudeste do país, multaram o
seu pastor, que é americano, e pediram a deportação dele, sob a acusação
de que ele "trabalha de forma ilegal" no país.
Advogados entraram com um recurso judicial
no dia 26 de setembro para adiar a deportação, uma medida contra o que a
Associação de Igrejas Protestantes da Turquia chamou de decisão
"absolutamente arbitrária" contra a congregação Gaziantep e seu pastor
estrangeiro.
Policiais locais fecharam as instalações
da Igreja Vida Nova, em 28 de agosto. Pouco mais de duas semanas depois,
em 14 de setembro, eles detiveram seu pastor, Patrick Jensen, com ordem
do Ministério do Interior da Turquia para deportá-lo imediatamente.
Cidadão dos EUA, que vive em Gaziantep
desde 2005, Jensen foi condenado a pagar 3043 liras turcas (o
equivalente a aproximadamente 3.252,42 reais) por violar a Lei nº. 5326
das leis trabalhistas turcas, que exigem uma autorização de trabalho
para situação de emprego legal. Ele se recusou a pagar a multa, alegando
que era um voluntário servindo na igreja que, segundo o pastor, uma
comissão de controle sob o Ministério do Trabalho tinha erroneamente
classificado como um lugar de negócios.
Após investigações do advogado de Jensen
um dia depois de sua prisão, o pastor assinou um documento solicitando a
reavaliação de sua ordem de deportação pelo Tribunal Administrativo de
Gaziantep.
Jensen permaneceu detido por 30 horas e
até que pôde voltar para casa, pelo menos enquanto seu caso ainda está
pendente. Sua autorização de residência turca, válida até novembro de
2015, foi cancelada e substituída por uma licença temporária de 30 dias,
emitida até o tribunal decidir sobre o seu recurso, que será conduzido
por documentos jurídicos, não alegações.
Jensen começou a pequena congregação
protestante há nove anos, quando ele e sua família se mudaram para
Gaziantep. Cerca de 40 adultos frequentam os cultos turcos a cada
domingo, segundo ele.
"A atitude das autoridades em relação a
nós mudou nos últimos seis meses", disse o pastor à agência de notícias
World Watch Monitor. Sem outras opções de local de culto, o grupo da
igreja reuniu-se informalmente em um parque durante vários domingos, e,
em seguida, em casas particulares.
Apesar do número estimado de cinco mil
cristãos protestantes em 120 pequenas congregações na Turquia, o Estado
proíbe as instituições da formação teológica de seus membros.
Fonte: CPAD NEWS
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