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quinta-feira, 18 de abril de 2013

Manobra política do PT inviabiliza reuniões da CDHM

Com saída de 7 deputados, comissão presidida por Marco Feliciano fica sem quórum.

Manobra política do PT inviabiliza reuniões da CDHM
Manobra política do PT acaba com Comissão presidida por Marco Feliciano

No mesmo dia que o deputado Marco Feliciano  recebeu o apoio de um grupo de 40 evangélicos que decidiu  cobrar a saída dos deputados petistas José Genoíno e João Paulo Cunha da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, uma manobra política pode ter acabado com a Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM).

Pressionado, Feliciano afirmou semana passada que só renunciaria à presidência da CDHM se os petistas condenados no julgamento do “mensalão” deixassem a Comissão de Constituição e Justiça.  Embora o governo Dilma não tenha se pronunciado oficialmente, possivelmente com medo de perder o apoio dos evangélicos, a resposta do PT veio hoje.

Os deputados do PT Padre Tom (RO), Erika Kokay (DF), Domingos Dutra (MA) e Nilmário Miranda (MG) anunciaram sua saída da Comissão de Direitos Humanos e Minorias. Além deles, também abdicaram de seus postos Chico Alencar e Jean Wyllys (PSOL-RJ) e a Luiza Erundina (PSB-SP).

Ao informarem o líder da bancada petista, deputado José Guimarães (CE), que estão fora da comissão, pediram ainda que  o partido não indique outros deputados para suas vagas.

“A comissão está inviabilizada por este ano. Não fazia sentido participar das reuniões e não quero mais polemizar, porque esse cara é um artista e está tirando proveito da situação para interesses individuais”, justificou o deputado Padre Tom. Afirmou que esse grupo “anti-Feliciano” irá trabalhar para a criação da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos Humanos, que atuaria paralelo à Comissão de Direitos Humanos.

A justificativa dos parlamentares do PT, PSOL e PSB é o protesto à permanência do deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP).   “Estamos saindo para não legitimar os atos do pastor. Não reconhecemos a eleição dele”, asseverou  Nilmário Miranda, ex-presidente do colegiado.

O deputado Jean Wyllys, principal opositor de Feliciano, escreveu um artigo, publicado na internet, onde afirma: “Não serviremos de trampolim para fundamentalistas homofóbicos, inimigos da cidadania plena de minorias e desonestos intelectuais”. Deixando claro que não aceita o fato de parlamentares religiosos comporem a Comissão. Por fim, anunciou que o 10º seminário LGBT do Congresso Nacional, terá como tema “Religião e Diversidades”.

Embora o deputado Marco Feliciano não tenha se pronunciado oficialmente ainda, está claro que a atitude orquestrada pelo Partido dos Trabalhadores foi “implodir” a Comissão. Sem seus membros, nem substitutos indicados pelos partidos, na prática ela perdeu sua função e dificilmente conseguirá dar sequencia aos trabalhos por falta de quórum nas próximas reuniões. Com informações de IG e Último Segundo.

Fonte: Gospel Prime

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