Conselho de igrejas volta a pedir a saída de Feliciano
O Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (CONIC) reúne representantes da Igreja Católica Apostólica Romana, Igreja Cristã Reformada, Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil , Igreja Siria Ortodoxa de Antioquia e Igreja Presbiteriana Unida.
Um mês após emitir uma “moção de repúdio” por conta da eleição de Marco Feliciano para liderar a Comissão de Direitos Humanos da Câmara, na tarde de domingo (7), o Conic voltou a pedir a saída dele do cargo. Para a entidade, Feliciano não teria “legitimidade” para ocupar o cargo. Ele é acusado de paralisar os trabalhos da comissão e censurar manifestantes após determinar que as reuniões sejam fechadas. O objetivo era fugir dos constantes protestos.
Dia 10 de março, o Conic fez sua primeira manifestação pela saída do deputado. “Considerando o corolário de nossa missão, à luz dos valores que a inspiram, e as manifestações de diversos segmentos da sociedade brasileira, expressamos nosso repúdio ao processo que levou à escolha do deputado Marco Feliciano (PSC), o qual, por suas declarações públicas, verbais e escritas de conteúdo discriminatório, de cunho racista e preconceituoso contra minorias, pelas quais responde a processos que tramitam no Supremo Tribunal Federal”.
“Quem perdeu até agora foi a sociedade brasileira”, diz a nova nota do Conic. Contudo, o grupo avalia que o deputado não quer deixar o cargo por ter gostado de toda “exposição midiática” do caso. Mas o Conselho acredita que as atitudes do deputado abririam um “precedente perigoso” e remeteriam a “tempos obscuros e arbitrários” da história política do país, durante a ditadura é que os direitos humanos somente podiam ser discutidos “a portas fechadas”.
“Uma CDHM presidida por alguém que pratica a censura de manifestantes, que buscou realizar reuniões a portas fechadas, constitui um ataque à própria natureza e essência desta comissão. Como Conic, reafirmamos nosso repúdio a esta conjuntura que compromete a legitimidade da representação política da sociedade civil”, finaliza o material publicado pela entidade neste domingo.
Curiosamente, a ação do órgão que representa um segmento das igrejas surge pouco tempo após o pastor Feliciano pedir ajuda às igrejas do Brasil.
Fonte: Gospel Prime
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