Assembleia de Deus cresce 48% em 10 anos
Desde os anos de 1970, a Assembleia de Deus é a maior denominação
evangélica do país, e continua crescendo. Segundo os números do Censo
2010 do IBGE, divulgados nesta manhã, há 12.314.410 assembleianos em
todo o país. Em 2011, o IBGE já havia apresentado os dados sobre
religião da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) de 2009, que
revelavam que o número de assembleianos no país já era de 11 milhões a
apenas um ano do Censo 2010. Porém, com os dados do último Censo, esse
crescimento pode ser melhor avaliado.
Os resultados mostram um crescimento de 48% em 10 anos. Em 2000, o número de assembleianos era de 8,4 milhões. Dez anos depois, houve um acréscimo de 3,9 milhões de novos membros. Um detalhe importante, porém, é que uma vez que esses dados não são um retrato do país hoje, mas apenas de dois anos atrás, isso significa que o número de assembleianos em 2012 é, sem dúvida, ainda maior.
Em junho de 2011, na edição histórica do jornal Mensageiro da Paz sobre o Centenário da Assembleia de Deus no Brasil, foi divulgado um levantamento do MP junto aos ministérios e Convenções das ADs filiadas à Convenção Geral das Assembleias de Deus o Brasil (CGADB), ramo maior e tronco histórico da denominação. Esse levantamento mostrava que o número total de membros dessas igrejas no país era de 7.374.891. Nesse número não havia congregados, mas apenas membros de fato, isto é, crentes batizados em águas e que estavam em comunhão com suas igrejas até março de 2011. Também não haviam sido computados, claro, os quase 100 mil novos membros que desceriam às águas batismais três meses depois, no histórico Batismo do Centenário, promovido pela CGADB em junho de 2011. Logo, considerando que o número de congregados das ADs pelo país filiadas à CGADB chega, em média, a 30% da frequência mensal em seus templos, o MP chegou ano passado ao número de 9,5 milhões de assembleianos ligados à CGADB até março de 2011.
Como o MP conta apenas com os dados concretos das ADs filiadas ao ramo maior da denominação (a CGADB), não tendo acesso a dados precisos das ADs independentes e das filiadas à Convenção Nacional das ADs do Ministério de Madureira (Conamad), não havia como precisar o número total de assembleianos no Brasil em 2011, mas já dava para ter uma ideia. Acrescentando aos dados concretos sobre a CGADB algumas estimativas e projeções sobre a quantidade de assembleianos dos ramos menores da denominação, podia-se afirmar que os assembleianos no Brasil já seriam mais de 13 milhões na época do Centenário. Lembrando mais uma vez que só o Batismo de Centenário, promovido em junho do ano passado pela CGADB, levou às águas batismais quase 100 mil novos crentes.
Em entrevista ao site da revista Veja sobre os dados do Censo 2010 sobre a religião no país, Cesar Romero Jacob, cientista político da PUC-RJ, afirma que “a preservação da família é um dos motivos que serve para explicar o crescimento da Assembleia de Deus no país. De acordo com o Censo de 2010, ela é o maior segmento evangélico, com 12 milhões de fiéis, e o segundo maior do Brasil, atrás da Igreja Católica. Em comparação com a igreja Universal do Reino de Deus, por exemplo, que perdeu 228 mil fiéis nos últimos 10 anos e hoje tem 1,8 milhão de arrebanhados, a Assembleia de Deus prega valores morais mais rígidos. Nos anos 90, época de expansão da favelização, a mãe não queria a desestruturação da sua família, o que a Assembleia não deixa. A proibição, por exemplo, de bebidas alcoólicas e de roupas femininas mais insinuantes. A favelização e a ocupação das periferias são resultado da migração dos anos 80 e 90, que deixou de ser motivada pela possibilidade de ascensão social e passou a acontecer pela expulsão das pessoas do campo, em sua maioria pobres. As correntes pentecostais acompanharam esses deslocamentos e, ainda na década de 90, entraram maciçamente na política”.
Jacob diz ainda que “a política se tornou um instrumento de crescimento da própria igreja pentecostal ou do pastor. É uma população com baixa renda e escolaridade. Entre pessoas independentes economicamente e bem formadas fica mais difícil o voto de cabresto”. Só que, como ressalta o site da revista Veja, a pesquisa do Censo revela ainda que “apesar de os pentecostais crescerem na população pobre e de baixa renda, na última década se fez presente também na nova classe média”.
Com certeza, fatores sociais explicam muito desse crescimento, mas não são as únicas explicações. Sabemos que parte desse crescimento se deve também ao fervor evangelístico da denominação, que tanto caracterizou a Assembleia de Deus em seus 101 anos de história. E que ela continue assim, com esse mesmo ímpeto evangelístico, mas sem negociar os seus valores – tentação pela qual passam normalmente algumas igrejas em busca de crescimento rápido. Se há igrejas que não têm observado mais isso, seu crescimento terá sido mais inchaço do que qualquer outra coisa. Terá sido quantidade sem qualidade. E, como sabemos, quantidade é importante, mas quando acompanhada com qualidade.
Redação CPAD News
Os resultados mostram um crescimento de 48% em 10 anos. Em 2000, o número de assembleianos era de 8,4 milhões. Dez anos depois, houve um acréscimo de 3,9 milhões de novos membros. Um detalhe importante, porém, é que uma vez que esses dados não são um retrato do país hoje, mas apenas de dois anos atrás, isso significa que o número de assembleianos em 2012 é, sem dúvida, ainda maior.
Em junho de 2011, na edição histórica do jornal Mensageiro da Paz sobre o Centenário da Assembleia de Deus no Brasil, foi divulgado um levantamento do MP junto aos ministérios e Convenções das ADs filiadas à Convenção Geral das Assembleias de Deus o Brasil (CGADB), ramo maior e tronco histórico da denominação. Esse levantamento mostrava que o número total de membros dessas igrejas no país era de 7.374.891. Nesse número não havia congregados, mas apenas membros de fato, isto é, crentes batizados em águas e que estavam em comunhão com suas igrejas até março de 2011. Também não haviam sido computados, claro, os quase 100 mil novos membros que desceriam às águas batismais três meses depois, no histórico Batismo do Centenário, promovido pela CGADB em junho de 2011. Logo, considerando que o número de congregados das ADs pelo país filiadas à CGADB chega, em média, a 30% da frequência mensal em seus templos, o MP chegou ano passado ao número de 9,5 milhões de assembleianos ligados à CGADB até março de 2011.
Como o MP conta apenas com os dados concretos das ADs filiadas ao ramo maior da denominação (a CGADB), não tendo acesso a dados precisos das ADs independentes e das filiadas à Convenção Nacional das ADs do Ministério de Madureira (Conamad), não havia como precisar o número total de assembleianos no Brasil em 2011, mas já dava para ter uma ideia. Acrescentando aos dados concretos sobre a CGADB algumas estimativas e projeções sobre a quantidade de assembleianos dos ramos menores da denominação, podia-se afirmar que os assembleianos no Brasil já seriam mais de 13 milhões na época do Centenário. Lembrando mais uma vez que só o Batismo de Centenário, promovido em junho do ano passado pela CGADB, levou às águas batismais quase 100 mil novos crentes.
Em entrevista ao site da revista Veja sobre os dados do Censo 2010 sobre a religião no país, Cesar Romero Jacob, cientista político da PUC-RJ, afirma que “a preservação da família é um dos motivos que serve para explicar o crescimento da Assembleia de Deus no país. De acordo com o Censo de 2010, ela é o maior segmento evangélico, com 12 milhões de fiéis, e o segundo maior do Brasil, atrás da Igreja Católica. Em comparação com a igreja Universal do Reino de Deus, por exemplo, que perdeu 228 mil fiéis nos últimos 10 anos e hoje tem 1,8 milhão de arrebanhados, a Assembleia de Deus prega valores morais mais rígidos. Nos anos 90, época de expansão da favelização, a mãe não queria a desestruturação da sua família, o que a Assembleia não deixa. A proibição, por exemplo, de bebidas alcoólicas e de roupas femininas mais insinuantes. A favelização e a ocupação das periferias são resultado da migração dos anos 80 e 90, que deixou de ser motivada pela possibilidade de ascensão social e passou a acontecer pela expulsão das pessoas do campo, em sua maioria pobres. As correntes pentecostais acompanharam esses deslocamentos e, ainda na década de 90, entraram maciçamente na política”.
Jacob diz ainda que “a política se tornou um instrumento de crescimento da própria igreja pentecostal ou do pastor. É uma população com baixa renda e escolaridade. Entre pessoas independentes economicamente e bem formadas fica mais difícil o voto de cabresto”. Só que, como ressalta o site da revista Veja, a pesquisa do Censo revela ainda que “apesar de os pentecostais crescerem na população pobre e de baixa renda, na última década se fez presente também na nova classe média”.
Com certeza, fatores sociais explicam muito desse crescimento, mas não são as únicas explicações. Sabemos que parte desse crescimento se deve também ao fervor evangelístico da denominação, que tanto caracterizou a Assembleia de Deus em seus 101 anos de história. E que ela continue assim, com esse mesmo ímpeto evangelístico, mas sem negociar os seus valores – tentação pela qual passam normalmente algumas igrejas em busca de crescimento rápido. Se há igrejas que não têm observado mais isso, seu crescimento terá sido mais inchaço do que qualquer outra coisa. Terá sido quantidade sem qualidade. E, como sabemos, quantidade é importante, mas quando acompanhada com qualidade.
Redação CPAD News
Fonte: CPAD News
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