Acusações podem render-lhe pena de morte
Pastor é preso no Irã acusado de fazer "guerra contra Deus"
Foram oito homens executados em 2014, acusados de fazer “guerra contra Deus”. Para os muçulmanos, o cristianismo é uma maneira de se guerrear contra Alá (Deus, em árabe) e a revelação dada ao profeta Maomé. O caso mais recente é o do pastor Matthias Haghnejad. Oficialmente, o governo diz que ele é culpado de “moharebeh” (inimizade contra Alá), um crime que pode ser punido com a morte.
Dia 5 de julho, membros das forças de segurança iranianas invadiram sua casa em Bandar Azali, norte do Irã, e confiscaram Bíblias, panfletos e seu computador pessoal. Ele ainda terá que pagar multa. Em 2011 e 2012, Haghnejad e outros líderes cristãos foram presos, acusados de fazerem “propaganda contra o Estado”, mas saíram da cadeia algum tempo depois. Agora as acusações são mais sérias.
A missão Christian Solidarity Worldwide, que trabalha dando apoio a cristãos perseguidos, relata que Haghnejad foi interrogado no Tribunal Revolucionário de Karaj durante duas horas antes de ser preso. Não foram divulgados os motivos, mas o provável é que ele tenha sido denunciado pela família de algum muçulmano que se converteu a Jesus.
Juntamente com o pastor, foram presos dois cristãos, Mohammad Roghangir e Suroush Saraie, mas as acusações contra eles não são claras. Existem vários outros pastores presos no Irã que sofrem torturas e são forçados continuamente a negar a sua fé.
O caso mais famoso é o de Saeed Abedini, 33, preso desde setembro de 2012, que foi condenado a oito anos de prisão. Existe uma campanha internacional pedindo por sua libertação e o fim da perseguição aos cristãos. No Brasil, o pastor Marco Feliciano fez uma mobilização em favor do pastor.
No Irã, a evangelização é proibida, sendo chamada de “ação contra o Estado” e “ação contra a ordem nacional”, tendo status de crime de segurança nacional. O Estado é islâmico e totalitarista, não admitindo contestação contra o profeta Maomé ou Alá (termo árabe para Deus).
O cristianismo foi banido desde a revolução islâmica, em 1979, bem como qualquer oração que não seja feita a “Alá”. O novo Código Penal Islâmico, que entrou em vigor em 2013, proíbe a pena de morte para “moharebeh”. Mas as pessoas acusadas deste crime se queixam de terem sido torturadas para extrair confissões falsas, não terem assistência jurídica e passaram por julgamentos injustos, feitos sem a presença de testemunhas.
O presidente-executivo da Christian Solidarity, Mervyn Thomas, disse: “Pedimos ao governo do Irã para acabar com a perseguição ao pastor Matthias… Sua prisão é injustificável, implausível e equivale a uma acusação ao próprio cristianismo. Trata-se de uma preocupante escalada da perseguição aos cristãos do Irã com sérias violações da liberdade religiosa”. Com informações de Charisma News
Fonte: Gospel Prime
Nenhum comentário:
Postar um comentário